quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tempo Comum




No decorrer do ano nós, católicos, vamos passando por seis tempos litúrgicos que nos relembram os passos de Jesus. São eles: Advento, Tempo do Natal, Tempo da Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo Pascal e Tempo Comum. Muitos de nós deixamos que eles passem despercebidos e não entendemos o verdadeiro sentido de cada um.

Acabamos de entrar novamente no TEMPO COMUM. Ao todo são 34 semanas e este tempo é dividido em duas partes:
A primeira compreende do Natal até à Quaresma . Inicia-se na segunda-feira após o Batismo de Jesus e vai até a véspera da quarta-feira de cinzas. Neste período vivemos a esperança e a escuta da palavra, onde, principalmente aos domingos, meditamos sobre os ensinamentos e compreendemos onde anunciar o Reino de Deus.  
Já a segunda fica entre o Tempo Pascal e o Advento. Começa na segunda feira após Pentecostes e vai até a véspera do 1º domingo do Advento. Neste tempo busca-se a vivência do Reino, ou seja, é hora de colocar em prática tudo aquilo que foi aprendido na primeira parte do tempo.
A cor que rege todas as semanas é a verde, que representa a Esperança da Vida Eterna e o crescimento.

Muitos acham que é um tempo vazio por ser um período sem grandes acontecimentos. Contudo é um tempo que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.

"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132).


Larissa Capito

*Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo*

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Minha outra metade




Todos nós sonhamos em encontrar um dia, aquilo que muitos chamam de outra metade, aonde próximos dela, nos sentimos completos para que possamos ser felizes. É sobre a minha outra metade que quero partilhar com vocês...

Perto dela sou muito feliz, além de preencher todo o vazio do meu coração, faz-me desprender de todo meu orgulho e vontade própria, faz-me enxergar que sozinho, não vou ser feliz e que preciso dela todos os dias.

Aquela história que tudo o que é demais enjoa, não existe! Pois, "Aonde existe amor, vive a eternidade". Eu preciso e quero estar com ela todos os dias da minha vida. Ah! Como sou feliz ao seu lado!

Mesmo enxergando tudo isso, muitas vezes escolhi viver sem ela por não saber verdadeiramente o que pedir e por esquecer todos os momentos felizes que ela me proporcionava quando a encontrava dia a dia, segundo a segundo.

Foi um tempo seco, aonde nada mais dentro de mim dava fruto e, mesmo sendo tão resistente, hoje eu entendo que foi preciso passar por esse tempo de deserto e, assumo que a única coisa que me faltava era ela, que me permitia sentir o verdadeiro e único amor.

Hoje eu reconheço que dependo dela para ser feliz, dependo dessa outra metade para alcançar O que irá me completar verdadeiramente.

O Catecismo da Igreja Católica define minha outra metade como um dom, dom que Deus nos deixou para alcançar a verdade, alcançarmos a felicidade.

"Para alcançarmos esta vida feliz, a verdadeira Vida nos ensinou a orar."(Santo Agostinho).



§2559 " A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar? Das alturas de nosso orgulho e vontade própria, ou das "profundezas" (Sl 130,1) de um coração humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado. A humildade é o fundamento da oração. "Nem sabemos o que seja conveniente pedir" (Rm 8,26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus."

Que possamos a cada dia, clamar o Espírito Santo para que coloque em nossos corações a necessidade desse dom, a necessidade de procurarmos a intimidade com O que realmente quer nos completar e nos ver felizes.

Um abraço fraterno e santo final de semana!
Força e fé.

*Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo*

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A juventude não se encontra na cronologia, mas no coração!

Minha meta: A juventude de Cristo



Você se considera jovem ou velho? Cuidado ao responder essa pergunta! Se você se basear apenas na sua idade cronológica, pode errar feio. Há pessoas velhas, mas que são, interiormente, extremamente jovens e, infelizmente, há muitos jovens velhos. Enquanto é lindo ver pessoas velhinhas com uma alma que irradia juventude, é triste demais ver tantos jovens com o coração e o semblante envelhecidos. Esses jovens perderam a ESPERANÇA.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “esperança é a virtude que responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração do homem; ela protege contra o desânimo, dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna”(1). Por isso, o jovem sem esperança é também um jovem envelhecido. Mas como nós, jovens, perdemos aquilo que nos define?
Todas as vezes que os fracassos que acumulamos durante nossa vida se tornaram nossos tesouros e nos fizeram perder a coragem de utilizá-los como trampolim para o futuro, ganhamos fios brancos na cabeça, enrugamos porque deixamos morrer em nós a resposta da aspiração pela felicidade que Deus colocou em nosso coração.
A ausência da esperança faz com que passemos a dar mais importância para o nosso passado do que para o futuro e com isso ficamos remoendo tudo o que já vivemos de ruim, passamos a cultivar a morte e, com isso, a vida se vai e o presente se acaba. Uma decepção com um amigo, um sonho que não se realizou ou até mesmo coisas muito positivas pelas quais passamos, mas que por algum motivo acabaram, como um namoro ou uma fase da vida na qual tínhamos muitos amigos, são experiências que marcam as nossas vidas, mas “é a esperança que dilata nosso coração na expectativa da bem-aventurança eterna.”
Decepções e fracassos doem, é claro! Mas não podem deixar morrer em nós aquilo que é próprio da nossa juventude, como o vigor, o entusiasmo, a vivacidade, a intensidade, o desejo por desafios, a vontade de nos arriscar e, sobretudo, a capacidade de tornar extraordinário aquilo que parece ser insignificante. Não podemos nunca nos esquecer de que “o jovem tem horizonte largo, ânimo magno. Quem é jovem sente isso nas vísceras: todo ele é uma abertura para o infinito. Todo ele é um caminho aberto para a plenitude”(2).
Nós, jovens, precisamos de algo em que possamos apostar nossas energias, investir nossas vidas e que não perderá o valor quando alcançado. Enquanto o mundo nos ensina a ter metas como, por exemplo, passar no vestibular, arrumar um bom emprego, comprar um carro e uma casa, Cristo nos convida a ter ideais, sendo o maior deles a vida eterna.
E, porque somos atraídos pelo eterno (um amor que seja intenso, uma amizade verdadeira e uma felicidade que dure para sempre), todas as nossas metas correm um grande risco de perderem o brilho depois de conquistadas. Cristo é aquele que conhece todas as nossas aspirações de felicidade, Ele dá valor e brilho a elas e nos chama a ter um olhar que vai além das nossas metas passageiras; por isso, pela voz da Igreja nos anima: “Jovens, não tenhais medo de ser santos! Voai a grande altura, considerai-vos entre aqueles que voltam o seu olhar para metas dignas dos filhos de Deus” (3).
Se os nossos olhos se mantiverem fixos em Cristo, a nossa felicidade e realização não estará condicionada à conquista ou não de nossas metas pessoais, pois o que de fato valerá é que o nosso ideal permanecerá conosco.
Quando nosso ideal é a vida de Cristo, somos impelidos a responder com coragem e vivacidade aos desafios que a vida irá nos proporcionar e ainda que por detrás deles haja dor, aprenderemos a mais importante das lições: “caminhando entre as coisas que passam abraçamos as que não passam”(4).
Ser jovem como Cristo foi! Essa deve ser a nossa meta primeira, nisso se esconde o mistério de abraçar a juventude como qualidade da alma e não apenas como uma fase da nossa vida. Ter Cristo como ideal nos garante uma alegria essencial e permanente (que não é acidental, momentânea, mentirosa e que não se baseia naquilo que é externo: prazer, vaidade, amores superficiais), mas nos leva a um estado de profunda realização.
Não nos esqueçamos: um futuro feliz está a nossa espera, mas só seremos verdadeiramente jovens e felizes se assumirmos que, “como filhos de Deus, estamos destinados a uma plenitude sem limitações”(5). É hora de rever nossas metas, de olhar para nossos sonhos, projetos de vida e nos perguntarmos se eles estão passando pelo ideal – Cristo.
(1) “Catecismo da Igreja Católica”, 1992, n. 1818.
(2) R. CIFUENTES, “A força da juventude”, 2006, Quadrante, p.60.
(3) JOÃO PAULO II, “Mensagem do Santo Padre aos jovens pela ocasião da VI Jornada Mundial da Juventude”.
(4) Cf. “Missal Romano, Oração depois da comunhão para os dias de semana do Advento”, p.134.
(5) R. CIFUENTES, “A força da juventude”, 2006, Quadrante, p.76.
Mirian Silva
Discípula na Comunidade Pantokrator
Paola Perez

terça-feira, 7 de junho de 2011

Deixa


Deixa


Deixa que eu te siga
com minhas pegadas tortas e cambaleantes,
meus pés permanecem cheios de fome das milhas que nos distanciam
minha boca tem sede daquela fonte de outrora,
aquela mesma onde me pediste água e me deste um ribeirão.

Deixa que eu te reflita
em meu olhar fatigado, cansado pelo tempo...
e que o Sol de sua face seja luz para minha lua nova interior,
e seu olhar permaneça na claridade e nas trevas dos meus dias.

Deixa que eu te ame
mesmo longe do seu toque que eu possa tocá-lo em alguém.
e que das pessoas que eu toque sejam para ti todo o carinho
e daquelas que eu ame que ame por consequência tu que habita nelas.

Deixa que eu te acolha
no meu ventre e no meu ser,
sejas em mim assim como o Pai é em ti,
me convide à trindade.

Deixa que eu acene,
me despeça de ti brevemente mas não deixando dúvida do meu amor
amor que guardo aberto no peito, ferida exposta em sua homenagem
e o riu que te leva longe de mim... possa me refrescar mais tarde.

                               

                                                             Tamyres Scholler

*Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo*