sexta-feira, 29 de abril de 2011

O menino da bola de coco







Minha rotina é sempre a mesma: casa, perua, escola, perua, casa... num circulo vicioso que dificilmente apresenta novidades. Numa noite dessas, enquanto voltava para casa, de repente deparei-me com um menino. Observei-o durante o tempo que o semáforo permaneceu fechado, aproximadamente uns 40 segundos. Contudo, este tempo pareceu-me longo. Tão longo a ponto de perceber a alegria com a qual aquele menininho, de frágil aparência física, distraia-se (ou divertia) com um coco verde. Ele, numa sequência repetitiva, lançava aquilo que sobrou da fruta para o alto, com certa dificuldade, que rolava uns poucos centímetros à frente, e a criança corria empolgada pronta para chutar aquilo que lhe era como uma bola. A força dele não era suficiente para retirar o coco do lugar, mas ele permanecia, até que com muito custo, a “bola” se movia de maneira quase imperceptível.

Sinal verde, meu caminho continuou... assim como aquele menino em minha mente. Comecei a pensar em como as pequenas coisas fazem diferença. Da simplicidade tira-se a maior beleza possível. Estava me queixando tanto por não ter uma blusa nova, um sapato combinando com aquela bolsa que eu pensei em comprar, os compromissos: Tantas atividades, tantas coisas que eu julgava desnecessárias, como estariam as coisas em minha casa assim que eu chegasse, o que iria fazer no final de semana... (se fosse colocar aqui tudo que me incomodava escreveria folhas e folhas) E foi então que percebi que estava me preocupando demais com o que aconteceria. Deixei o meu hoje passar. No evangelho de São Mateus  6,34 diz: “Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” Lembrei-me disso, e acalmei meu coração. Espantei-me ao perceber a maneira como estava maltratando meu interior. Enchia-me de bobagens e deixei de me preocupar com aquilo que realmente interessava: Passei a não enxergar o valor das coisas simples. Reconhecendo minha falha perfeitamente humana, resolvi rever as coisas com outros olhos, quis enxergar o mundo com a mesma simplicidade e alegria daquele garoto. Então, agradeci a Deus pela família que Ele me deu, agradeci por nossas limitações. Alegrei-me também por possuir o necessário: eu não precisava daquela bolsa ou daquela blusa, era um luxo completamente dispensável.

Quis, por um momento, um coco verde como aquele que distraia aquela criança.

Ganhei-o. E, diga-se de passagem, foi melhor que a encomenda. Recebo-o diariamente, mas preciso usá-lo com amor, alegria e simplicidade. Chamo-o de VIDA.


Larissa Capito


*Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo*

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Desprender dos defeitos




Boa noite, amados!

Quanta saudade de escrever. Estou feliz por mesmo sem estar presente, as pessoas continuarem visitando o blog, muito obrigado!

Vim partilhar um momento que Deus falou em nosso meio, em nosso grupo de oração H.U.V.A. (Hoje Unidos Venceremos Amanhã), e dizer que vem sendo algo que estou buscando viver.

Deus falava claramente em meu coração, SE DESPRENDAM DOS DEFEITOS DOS OUTROS, SIRVAM COM AMOR! Eu venho tentando viver isso nesse tempo rico que é a quaresma, de buscar estar mais próximos de Jesus. Com muitas quedas e pensamentos que não vou conseguir, Deus vem me recordando sempre de uma partilha que tive com o Fernando Martins, nosso coordenador do ministério de pregação do grupo.

Aonde ele falava sobre separar o PECADO do PECADOR. Como exemplo, ele usou a palavra da mulher adúltera (Jo 8,3), aonde os escribas e os fariseus, a encontrando em tal pecado que, na lei de Moisés, mandavam apedrejá-la. E Jesus, com a sua infinita misericórdia e com seu amor incondicional a acolheu, entendendo que aquele pecado era dela mas não o pertencia.

Estou querendo dizer que, na maioria das vezes, em nossos grupos de oração, nos prendemos nas pessoas. E mais, nos defeitos delas. Mesmo sem saber o porque de tudo. Não sabemos o que se passa no coração da pessoa para ela se comportar daquele jeito e, deixamos de servir com amor, porque aquela pessoa fez isso, aquilo ou se comportou de certa forma que não me agradou. As vezes, essa pessoa está se comportando desse jeito, por falta de um sorriso, um abraço seu, por falta de você ouvir o seu problema. 

Que possamos nos desprender dos defeitos e, assim Como Jesus fez, ACOLHER, deixando que todas as correntes caiam  lembrando que o menor, é quem se abaixa e encontra a melhor parte na alegria de se dar!
  
Para amar é preciso ser pequeno!

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo