segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Outonos e primaveras...

 
 
 
Primavera é tempo de ressurreição. A vida cumpre o ofício de florescer ao seu tempo. O que hoje está revestido de cores precisou passar pelo silêncio das sombras. A vida não é por acaso. Ela é fruto do processo que a encaminha sem pressa e sem atropelos a um destino que não finda, porque é ciclo que a faz continuar em insondáveis movimentos de vida e morte. O florido sobre a terra não é acontecimento sem precedências. Antes da flor, a morte da semente, o suspiro dissonante de quem se desprende do que é para ser revestido de outras grandezas. O que hoje vejo e reconheço belo é apenas uma parte do processo. O que eu não pude ver é o que sustenta a beleza.

A arte de morrer em silêncio é atributo que pertence às sementes. A dureza do chão não permite que os nossos olhos alcancem o acontecimento. Antes de ser flor, a primavera é chão escuro de sombras, vida se entregando ao dialético movimento de uma morte anunciada, cumprida em partes.

A primavera só pode ser o que é porque o outono lhe embalou em seus braços. Outono é o tempo em que as sementes deitam sobre a terra seus destinos de fecundidade. É o tempo em que à morte se entregam, esperançosas de ressurreição. Outono é a maternidade das floradas, dos cantos das cigarras e dos assovios dos ventos. Outono é a preparação das aquarelas, dos trabalhos silenciosos que não causam alardes, mas que mais tarde serão fundamentais para o sustento da beleza que há de vir.

São as estações do tempo. São as estações da vida.

Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos em nossa carne humana os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante sacrifícios que nos faz abraçar o silêncio das sombras...

Destino de florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras...

Floresçamos.
 
Pe. Fábio de Melo

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Teu amor me sustentará


Boa noite!

Amados, estou escrevendo para avisar que estarei ausente. Quanto tempo? Ainda não sei.

Se for preciso partilhar algo nesse tempo, venho e posto rapidinho. rs

Deus os abençoe!



Onde encontrei a verdade, aí encontrei o meu Deus (Santo Agostinho)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Basta ter fé





Em (Marcos 5,21-43) vemos por Jairo, um dos chefes da Sinagoga, um exemplo de fé.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a fé é um dom de Deus:


F.4.18 Fé dom de Deus

§153 Quando São Pedro confessa que Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo, Jesus lhe declara que esta revelação não lhe veio "da carne e do sangue, mas de meu Pai que está nos céus". A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. "Para que se preste esta fé, exigem-se a graça prévia e adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo, que move o coração e o converte a Deus, abre os olhos da mente e dá a todos suavidade no consentir e crer na verdade."

Jairo, em desespero por ter sua filha considerada morta, acreditou que Jesus poderia fazer o que os olhos humanos não podem enxergar. Confiou e acreditou em Jesus pedindo a Ele com insistência:   “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!" (MC 5,23)

Assim como Jairo, que possamos deixar esse dom tomar conta de nós, para que, em todas as situações de nossas vidas, possamos pedir que o Senhor coloque as suas mãos, para colhermos o que é do agrado d'Ele e vir a edificar as nossas vidas.

A fé não é um ato de sentir, e sim de acreditar.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo